Recebemos da Maria a excelente noticia de que o reguila do Benny foi adoptado:
Amigos,
não há notícia que me desse mais prazer dar-vos do que esta:
!!!!!O BENNY FOI ADOPTADO!!!!! :) :) :)
Foi viver para uma quinta onde estará sempre solto e na companhia de outro cachorro também adoptado como ele. Melhor era impossível ficar!
Vai ter a liberdade e a companhia que tínhamos sonhado para ele :)
Faço um agradecimento muito sentido a toda a equipe do Hospital Veterinário do Porto e em especial ao Dr. Mário Santos que encontrou este lar magnífico para o Benny e se encarregou pessoalmente de o levar até ele.
Não posso deixar de agradecer novamente à Marta Fortes por ter permitido que este pequeno saísse da rua e não fosse capturado pelo canil e que, mais do que ser apenas uma "madrinha financeira" do Benny, o levou ao veterinário, o levou a passear, e lhe deu os mimos que ele nunca tinha conhecido na sua curta vida de cão de rua.
Agradeço também a todas as pessoas que ajudaram o Benny com as despesas de veterinário e de hotel e com a divulgação dele, e às muitas dezenas de "amigos do Benny" que me enviaram emails ao longo deste tempo a pedir notícias dele e a torcer para que ele fosse adoptado.
Hoje é um dia feliz, um dia que todos os animais sem lar deviam poder viver.
Um abraço a todos!
Maria
Amigos,
o Fit foi hoje ADOPTADO!!! :)
Foi para casa de uma família que já tinha um cão da mesma raça e deram-se os dois muito bem. Obrigada a todos pela ajuda na divulgação!! :)
O Benny infelizmente continua à espera... Envio novamente a história dele para se puderem voltar a divulgar. Este menino seria muito feliz numa casa com algum espaço exterior e de preferência com outros animais, adora a companhia de outros cães mesmo que sejam machos!
Obrigada a todos,
Maria
Chamo-me Benny.
Há uns meses, era eu ainda um cachorrito que não sabia nada da vida, fui viver para o Bairro da Pasteleira. Segundo me explicaram eu ia ter que me safar sozinho porque a minha mãe não podia tratar mais de mim, os humanos "donos dela" não queriam mais cães lá em casa.
A vida lá no bairro nunca foi fácil, mas eu não sou cão de me render às contrariedades. Uma vez, poucos dias depois de chegar ao bairro, uma senhora viu-me a tentar abrir um saco do lixo (juro que senti um delicioso cheirinho a osso de costeleta a vir lá de dentro, hum... que bem que ia cair no meu estômago vazio!!), teve pena de mim e atirou-me um bocado de pão que eu engoli, agradecido.
A partir daí fui aprendendo a procurar comida nos sacos de lixo e a partilhar dos pedacinhos de pão que uma velhinha simpática deita num cantinho todos os dias para as pombas. Mas ainda não consigo perceber bem o ser humano. Aproximo-me sempre da mesma forma, a abanar a cauda e de cabeça baixa, na esperança de receber uma festa ou uma guloseima, mas enquanto alguns sorriem e me dizem palavras carinhosas, outros respondem com pontapés, atiram-me pedras que me magoam e chamam-me "vadio"....
A melhor coisa do bairro em que vivo é o Parque da Pasteleira!! É lá que eu passo a maior parte do dia. É um jardim enorme, cheio de árvores, e onde vão muitos amiguinhos meus passear com os seus "donos". São cães lindos, com pêlo brilhante, e com ar de quem consegue um bom osso de costeleta todos os dias!! A minha maior alegria é brincar com eles, dar corridas, atirar-me com eles para o lago, e deitar-me depois ao lado deles, cansado das brincadeiras. Eles não me descriminam por eu viver na rua e não ter coleiras bonitas e humanos que cuidem de mim.
A pior parte é quando os humanos lhes põem as trelas e os levam para casa e eu fico sozinho e me preparo para passar a noite enrolado no cantinho mais abrigado do Parque, debaixo de um arbusto. Quando está frio lembro-me muitas vezes do quentinho da minha mãe e dos bons tempos em que dormia no meio do pêlo fôfo dela... Quem me dera um dia ter a minha própria família, alguns amigos para brincar e humanos que me fizessem carinhos e me dessem uma cama quentinha para dormir... Não custa sonhar não é?
Os meus melhores amigos são a Cuca, a Kali e o Doc. As meninas que cuidam deles também são boazinhas, fazem-me festas e até me tiraram fotografias na última sessão de brincadeiras que tivemos. Na hora da despedida vejo nos olhos delas a mesma tristeza que fica nos meus... Desta vez disseram "Até à próxima Benny, pode ser que da próxima vez que nos vejamos seja para te levar para uma família..." Fiquei a pensar nestas palavras até agora... E é a pensar nelas que vou adormecer...
mariapteixeira@gmail.com ; 91 302 02 32
mariaqueirozz@gmail.com ; 91 235 80 33
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